Sguizzo e Eu

Não é só lá que a alma canta
Não é só lá que o clima esquenta
Não é só lá que a noite encanta
Não é só lá que se afugenta.

Aqui também a pena desliza
com sons e ruídos da vida...
Aqui também o coração materializa
o brilho de luzes da ida
(e também da volta!)

Hum! Que sabor!
Hum! Que aroma!
Hum! Que simpatia!
Hum! Aqui também...
perto do que seria
um lugar sem sol e sem sal.

Legal que as aparências enganem
e o moderno não faz tão mal...
Legal que a atmosfera não seja local
mas sim, municipal.
Legal que os endereços sejam tantos
e em qualquer canto eu canto
escondido como os caracóis
dos meus cabelos
que mês a mês

não me permito mostrar!!!

Curitiba-PR
11/05/1998 – 20h14min
Sguizzo – Restaurante, Rua 24 Horas.
Que descoberta! O Sguizzo não tem o clima da Acrótona, mesmo assim é muito bom! Muito bom!
Hoje falando da atmosfera inspiradora de Curitiba e do meu hábito de esconder as prosas e versos que faço, do mesmo jeito que mantenho meu cabelo curto e escondo os cachos da cabeleira quase “pixaca”, indo ao barbeiro todos os meses...

Mãe

A vida começa no encontro
de duas meias frações elementares
gametas se fundem
e um legado de quarenta semanas
torna-se
espera para o Pai
criação para a Mãe

A ciência hoje demonstra:
Amor não é genético
é sentimento nutrido
ao longo de anos de
sonhos, carinhos e ternura...

O tempo passa
e a história se repete,
no coração da Mãe,
a despeito do tempo,
filhos serão sempre pequenos...
E a despeito do tempo,
Mãe será sempre Mãe!

Muda, quem sabe,
apenas o endereço!!!

Cascavel-PR
10.05.2000 – 23h38min
Em minha casa, falando sobre Mães, para fazer um agrado às mães que trabalham na Área de Gestão e Suporte Oeste – SDOGES (Copel). Escrita no dia do aniversário ao Antonio Hélio (meu filho mais velho).
Tento justificar que os filhos nascem para o mundo e não são propriedades de seus pais...

Jazz com Sotak

Cheguei e vi e

há quem diga

ser aquilo uma parafernália.
Há quem liga

para a menor falha...
Eu vim e ouvi e

há quem diga

tudo aquilo faz barulho

Há quem siga

qualquer fogo de palha.
Mas estou aqui e

há quem grita

e o eco se espalha.
Pois há quem brilha,

preciso, exato como uma navalha.

Hoje eu vim...
Hoje eu vi...
Hoje senti

Baixo melódico
Batera rítmica
Piano harmônico e
Sax com sotaque...

Há quem diga que ele brilha.
Há quem diga que ele fala.
Há quem diga somente

Sax com Sotak!

Curitiba-PR
17/04/1997 – 20h30min
Acrótona Sopas e Pizzas
Após o show do quarteto Sax com Sotak no Auditório Brasílio Itiberê, Secretaria do Estado da Cultura.
- Uma sopa quentinha, um convite para a inspiração, sozinho no ambiente sombrio da Acrótona a imaginação liberta as metáforas que Mário Ruopulo me ensinou.