Ches Maggy

Aqueles mesões sem cadeiras,
só bancos...
Aqueles bancos sem fronteiras...
Aquelas paredes centenárias...
Aquele forno a lenha no fundo...

Um Pisco sauer, uma conversa fiada...
Uma fatia quentinha, uma lembrança do dia...
Um casal ao lado, uma estranha energia...
Um pedido pensado, alegria e magia...

A noite não deve ser longa
o dia seguinte nos espera.
A conta, a companhia, a despedida
arrastam aqueles que sem medo
se apaixonam...
Na rua um último aceno,
o adeus em quatro línguas
uma certeza novamente se confirma
nem fronteiras geográficas
nem barreiras da gramática
são capazes de furtar
a essência da comunicação:

Falar e ser compreendido.

É preciso sim,
ter boa vontade!

Curitiba
27/10/1998 – 20h30min
Acrótona Sopas e Pizzas
Lembrando do Ches Maggy, a pizzaria de Cusco – Peru, onde fizemos a confraternização e a despedida da viagem pela Trilha Inca.
Lembrando do casal estrangeiro, ele americano, ela norueguesa, se amavam sem falar inglês, nem norueguês...
Lá se ouve idiomas do mundo inteiro.
Com boa vontade todos se entendem...

Foto: Azis Rachid